Para um tratamento eficaz e mais duradouro das microvarizes (telangiectasias venosas) que são visíveis na pele da paciente, é fundamental que se diagnostique e que se trate a real causa do problema, que são veias com refluxo que ficam embaixo da derme (veias reticulares, varizes e veias safenas com refluxo venoso).

Modernamente usamos para fazer este diagnóstico os dois métodos abaixo:

1) O APARELHO DE REALIDADE AUMENTADA

O aparelho de realidade aumentada permite a visualização correta das veias reticulares (nutridoras) que estão abaixo da derme. Este aparelho tem um sensor especial que faz o mapeamento das veias reticulares (nutridoras) até a profundidade de 8 milímetros e projeta em tempo real uma imagem na pele das respectivas veias.

Usando a tecnologia de realidade aumentada, o tratamento fica mais rápido e mais duradouro pois além de tratarmos as veias que eram visíveis (telangiectasias venosas), Tratamos também as veias nutridoras (reticulares) invisíveis a olho nu que estavam abaixo da derme.

O aparelho de realidade aumentada não deve ser confundido com o antigo fleboscópio, aparelho este, que ao tocar na paciente faz uma transiluminação das veias com uma luz vermelho-alaranjada e é bem menos sensível que o aparelho de realidade aumentada.

2) O APARELHO DE DOPPLER VENOSO

O aparelho de realidade aumentada consegue ver muito bem as veias que estão abaixo da pele até uma profundidade de 8 milímetros, abaixo desta profundidade, o cirurgião vascular usa o aparelho de doppler venoso que nada mais é que um aparelho de ultrassom com o recurso de doppler e com os transdutores apropriados para o uso na nossa especialidade. Mostra todas as veias do sistema venoso superficial e profundo e suas alterações. É utilizado para diagnóstico a para guiar o tratamento com modernas técnicas, como por exemplo, o tratamento de varizes com espuma ecoguiada.

Exemplo: Uma paciente chegou ao consultório com história que não conseguia tratar as suas varizes, já havendo tentado diversos tratamentos. Apesar de não vermos veias de grosso calibre na perna, ao examinarmos a paciente , o aparelho de doppler venoso mostrou um refluxo grave na veia safena magna e varizes que nunca tinham sido diagnosticadas antes. A paciente não desejava fazer cirurgia e tratamos a insuficiência da veia safena magna com espuma (bem como as varizes ). Após realizado este procedimento e corrigido o problema do refluxo venoso na perna , o tratamento das microvarizes (telangiectasias venosas) da pele foi rápido.

O uso do aparelho de realidade aumentada e do doppler venoso no próprio consultório do cirurgião vascular, em muito facilita o tratamento  das nossas pacientes, fazendo parte essencial da moderna técnica de tratamento das varizes (recomendação feita em congressos).

a

A Crioescleroterapia consiste em resfriar-se a glicose hipertônica, que é o agente esclerosante mais seguro, a uma temperatura de quarenta graus abaixo de zero. Injetado na veia a esta temperatura, o frio danifica a parede do vaso tornando a aplicação extremamente eficaz. O frio intenso anestesia a veia diminuindo bastante a sensação dolorosa. Junto com a Crioescleroterapia utilizamos um aparelho (foto), que espalha na pele um jato de ar gelado a quatorze graus abaixo de zero, anestesiando a mesma pelo Frio.

Hoje, é consenso em congressos da nossa especialidade que a Crioescleroterapia combinada com o resfriamento da pele com ar gelado é o tratamento mais seguro, eficaz e indolor no tratamento das microvarizes de membros inferiores. Em casos selecionados, recomenda-se o uso do laser de forma complementar, melhorando ainda mais a ação da Crioescleroterapia. O dr. Henrique Verjus foi o primeiro cirurgião vascular a fazer o tratamento de varizes com Crioescleroterapia em Fortaleza, Ceará. 

A destruição dos vasos do rosto é relativamente fácil pelo laser, porém nos membros inferiores existem fatores complicadores tais como a força da gravidade e a presença de veias de maior calibre por baixo da pele, muitas delas invisíveis sem o uso de aparelhos específicos, o que complica o tratamento nas microvarizes apenas com laser.
Atualmente usa-se o laser associado com a Crioescleroterapia, desta forma o seu uso é bastante seguro e eficaz. Alertamos que o laser no tratamento das microvarizes dos membros inferiores é um procedimento médico; que a sua segurança e eficácia dependem de muita experiência de quem o faz e exige avaliação prévia de um médico especialista em doenças vasculares. O dr. Henrique Verjus foi o primeiro cirurgião vascular a fazer o tratamento de varizes a laser em Fortaleza, Ceará.

CLaCS é a abreviatura de CryoLaser and Cryosclerotherapy . Trata-se portanto da associação do laser e da crioescleroterapia para o tratamento das varizes. Na minha experiência pessoal este é atualmente o melhor método para o tratamento das varizes mais superficiais.

Tenho mais de 15 anos de experiência no tratamento de varizes com laser e com crioescleroterapia, faço a associação de Laser e Crioescleroterapia para o tratamento de varizes na cidade de fortaleza desde o ano de 2006 com muita eficiência e segurança. Uma boa experiência prévia com Laser e com Crioescleroterapia é fundamental para um bom resultado com o ClaCS, até porque o laser é um tratamento que requer uma curva de aprendizado de vários anos com vários cursos, estudos e adaptação ao aparelho que você usa. A realidade aumentada é também usada no método. Sugiro a leitura dos temas: CRIOESCLEROTERAPIA e LASER feitos nesta página , pois todas as observações descritas nelas valem para o ClaCS.

Há anos que não uso o laser como tratamento único de varizes nas pernas, o que se recomenda, é a associação da Crioescleroterapia com o laser, que é um método seguro e apresenta resultados excelentes.

O tratamento padrão para as varizes de médio e grosso calibre é a cirurgia, porém existem tratamentos que são bem menos agressivos , permitem a volta rápida ao trabalho e alguns são feitos sem internação: A ablação da safena com radiofreqüência, ablação da safena com laser endovenoso ( é diferente do laser transdermico) e a espuma ecoguiada.

Todos os três métodos tem resultados semelhantes , porém a espuma ecoguiada por ultrassom doppler vascular é um método seguro, não precisa de internação, é feito a nível ambulatorial, o paciente sai andando, sendo liberado para sua residência logo a seguir ficando em observação por apenas 30 minutos. Tem a vantagem de ter um custo baixo e ser indolor pois o agente que produz a espuma (polidocanol) tem anestésicas.

É um procedimento é amplamente usado na Europa e tem a sua segurança determinada pelo consenso europeu para o tratamento de varizes com espuma ecoguiada, que padronizou o volume máximo de espuma a ser injetado por perna em 10ml, devendo sempre ser feito guiado por doppler venoso.

O procedimento de tratamento de varizes com espuma ecoguiada é mais utilizado para tratar veias mais calibrosas e situadas mais profundamente (não confundir com sistema venoso profundo), pessoalmente para tratar veias mais estéticas e superficiais o tratamento mais indicado é o ClaCS ( crioescleroterapia associada ao laser) ou a crioescleroterapia, pois espuma feita em veias superficiais em alguns casos pode causar hiperpigmentação.

Fazemos o procedimento sempre com o uso do doppler venoso, pois foi a associação a este aparelho bem como o uso de pequenas quantidades de espuma que deu segurança e credibilidade ao método segundo a literatura médica e a nossa experiência pessoal.

Trata-se da ablação da safena feita por um catéter que é introduzido na respectiva veia através de um procedimento ecoguiado feito com o auxílio de um doppler venoso. Uma vez dentro da veia safena, o cateter dispara pulsos de radiofrequência que causam a ablação da respectiva veia.

É um tratamento bastante eficaz porém pouco usamos, tendo em vista o alto custo do mesmo e um resultado equivalente a espuma.

Consiste na extração da veia safena ou das  varizes e reticulares por métodos cirúrgicos.  É indicada para veias de maior calibre.

Desde o ano de 2002 eu comecei a tratar veias reticulares com crioescleroterapia seguindo a escola europeia  de tratamento de varizes que prefere usar os métodos não invasivos para o tratamento da doença varicosa.  Atualmente é possível tratar-se até veias muito grossas como a veia safena magna de forma menos invasiva, como por exemplo usando a espuma ecoguiada. Sempre eu cito para todas as técnicas que faço e que são adequadas para o caso , mostrando os riscos e os benefícios de cada uma.  Dou a minha opinião, mas a escolha do método de tratamento cabe a paciente.

Desde o ano de 1997, foquei todo o meu trabalho como cirurgião vascular no tratamento das varizes e microvarizes. Ví toda a evolução dos métodos modernos e cheguei a introduzir algumas técnicas na cidade de Fortaleza como por exemplo: o laser para o tratamento das varizes e a crioescleroterapia. Observo que a cada ano que se passa, as pacientes estão preferindo fazer cada vez mais os métodos não invasivos evitando assim os procedimentos cirúrgicos.

Hoje dispomos de um grande arsenal de tratamentos, porém o correto diagnóstico do problema, bem como a escolha do método mais adequado ao caso, são a chave para um resultado bem sucedido.

Artigo original e fotos do arquivo pessoal do dr. Henrique Verjus Alencar Bezerra de Menezes. Reprodução total ou parcial apenas com autorização.